29 de mai. de 2016

Palavra de Vida - Julho de 2015



“Eis que estou à porta e bato, se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, eu entrarei na sua casa e tomaremos a refeição, eu com ele e ele comigo” (Apc 3,20)

A consciência de que Jesus Ressuscitado toma a iniciativa de vir ao nosso encontro como um amigo que chega à nossa casa, bate a porta, porque tem algo de muito importante a nos falar e a nos revelar; é uma descoberta muito valiosa para a nossa vivencia do Evangelho. Nosso itinerário espiritual tem muitas destas visitas de Deus.

“Eis que estou à porta e bato, se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, eu entrarei na sua casa e tomaremos a refeição, eu com ele e ele comigo” (Apc 3,20)

Para escutarmos estas batidas da mão de Jesus Ressuscitado, precisamos cultivar o silencio interior, o recolhimento dos sentidos. Do contrario ele nos encontrará excessivamente distraídos com os ruídos e barulhos deste mundo materialista, consumista, hedonista, idólatra... que empurra as “coisas” de Deus e o próprio Deus para fora do viver diário. Quando isto acontece, a mente está em geral ocupada e distraída com as “coisas” que passam e não tem mais o Encantamento pela Verdade, pelo Bem, pela Beleza das “coisas” que não passam.

Jesus Ressuscitado passa, para, bate a porta da mente, a porta do coração, a porta dos sentidos (olhos, ouvidos, principalmente) e, muitas vezes, não é percebido e acolhido com a sua luz. “Eu sou a luz do mundo”.

Por iniciativa dele, do seu amor pessoal, incondicional e eterno, continua passando, mas, pode não ser convidado a entrar em casa, a sentar-se à mesa e a participar da Ceia da amizade compartilhada, da Palavra de Deus explicada, da Sagrada Eucaristia celebrada, das agendas e orientações pastorais e missionárias da Igreja executadas para a santificação e salvação da humanidade.

E quando isto acontece Jesus encontra a pessoa, a família, (a igreja doméstica) e as comunidades eclesiais como encontrou as sete igrejas descritas pelo Apóstolo e Evangelista São João no Apocalipse 2 e 3.

“Eis que estou à porta e bato, se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, eu entrarei na sua casa e tomaremos a refeição, eu com ele e ele comigo” (Apc 3,20)

Esta Palavra foi por primeiro, um apelo à conversão, dirigido à Igreja de Laodicéia (Ásia Menor: hoje Turquia), a começar pelo Ministro (Anjo) daquela comunidade cristã. Depois de lhe ter dito: “Conheço a tua conduta. Não és frio, nem quente. Oxalá fosses frio ou quente! Mas, porque és morno, nem frio nem quente, estou para vomitar-te de minha boca.” Advertência séria, com palavras fortes. Disse-lhe, em seguida, esta palavra de confiança e de amor misericordioso: “Eis que estou à porta e bato, se alguém ou vir minha voz e abrir a porta, eu entrarei na sua casa e tomaremos a refeição, eu com ele e ele comigo” (Apc 3,20)

A nossa fé cristã católica, hoje, como em outros tempos, da historia da Igreja passa por grandes provações e tentações. Todos somos provados e tentados.

Quais são as nossas provações hoje, em nossa fé?

Quais são as tentações que o Espírito do Mal – Satanás – projeta ostensivamente ou sorrateiramente em nossos pensamentos, em nossa juventude em nossas famílias, em nossas comunidades e na Igreja , em nossos dias? São provações e tentações que acontecem em nós.

Em que pontos esta palavra de vida poderá nos ajudar a lutar pela fidelidade ao nosso Batismo e vencer pela perseverança em nossa fé?

“Eis que estou à porta e bato, se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, eu entrarei na sua casa e tomaremos a refeição, eu com ele e ele comigo” (Apc 3,20)

Pe. Pedro Adolino Martendal
Diretor Espiritual

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