“Eis que
estou à porta e bato, se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, eu entrarei na
sua casa e tomaremos a refeição, eu com ele e ele comigo” (Apc 3,20)
A
consciência de que Jesus Ressuscitado toma a iniciativa de vir ao nosso
encontro como um amigo que chega à nossa casa, bate a porta, porque tem algo de
muito importante a nos falar e a nos revelar; é uma descoberta muito valiosa
para a nossa vivencia do Evangelho. Nosso itinerário espiritual tem muitas
destas visitas de Deus.
“Eis que estou à porta e bato, se
alguém ouvir minha voz e abrir a porta, eu entrarei na sua casa e tomaremos a
refeição, eu com ele e ele comigo” (Apc 3,20)
Para
escutarmos estas batidas da mão de Jesus Ressuscitado, precisamos cultivar o
silencio interior, o recolhimento dos sentidos. Do contrario ele nos encontrará
excessivamente distraídos com os ruídos e barulhos deste mundo materialista, consumista,
hedonista, idólatra... que empurra as “coisas” de Deus e o próprio Deus para
fora do viver diário. Quando isto acontece, a mente está em geral ocupada e
distraída com as “coisas” que passam e não tem mais o Encantamento pela
Verdade, pelo Bem, pela Beleza das “coisas” que não passam.
Jesus
Ressuscitado passa, para, bate a porta da mente, a porta do coração, a porta
dos sentidos (olhos, ouvidos, principalmente) e, muitas vezes, não é percebido
e acolhido com a sua luz. “Eu sou a luz do mundo”.
Por
iniciativa dele, do seu amor pessoal, incondicional e eterno, continua passando,
mas, pode não ser convidado a entrar em casa, a sentar-se à mesa e a participar
da Ceia da amizade compartilhada, da Palavra de Deus explicada, da Sagrada
Eucaristia celebrada, das agendas e orientações pastorais e missionárias da
Igreja executadas para a santificação e salvação da humanidade.
E quando
isto acontece Jesus encontra a pessoa, a família, (a igreja doméstica) e as
comunidades eclesiais como encontrou as sete igrejas descritas pelo Apóstolo e
Evangelista São João no Apocalipse 2 e 3.
“Eis que estou à porta e bato, se
alguém ouvir minha voz e abrir a porta, eu entrarei na sua casa e tomaremos a
refeição, eu com ele e ele comigo” (Apc 3,20)
Esta
Palavra foi por primeiro, um apelo à conversão, dirigido à Igreja de Laodicéia
(Ásia Menor: hoje Turquia), a começar pelo Ministro (Anjo) daquela comunidade
cristã. Depois de lhe ter dito: “Conheço a tua conduta. Não és frio, nem
quente. Oxalá fosses frio ou quente! Mas, porque és morno, nem frio nem quente,
estou para vomitar-te de minha boca.” Advertência séria, com palavras fortes.
Disse-lhe, em seguida, esta palavra de confiança e de amor misericordioso: “Eis
que estou à porta e bato, se alguém ou vir minha voz e abrir a porta, eu
entrarei na sua casa e tomaremos a refeição, eu com ele e ele comigo” (Apc
3,20)
A nossa
fé cristã católica, hoje, como em outros tempos, da historia da Igreja passa
por grandes provações e tentações. Todos somos provados e tentados.
Quais são
as nossas provações hoje, em nossa fé?
Quais são
as tentações que o Espírito do Mal – Satanás – projeta ostensivamente ou
sorrateiramente em nossos pensamentos, em nossa juventude em nossas famílias,
em nossas comunidades e na Igreja , em nossos dias? São provações e tentações
que acontecem em nós.
Em que
pontos esta palavra de vida poderá nos ajudar a lutar pela fidelidade ao nosso
Batismo e vencer pela perseverança em nossa fé?
“Eis que estou à porta e bato, se
alguém ouvir minha voz e abrir a porta, eu entrarei na sua casa e tomaremos a
refeição, eu com ele e ele comigo” (Apc 3,20)
Pe. Pedro Adolino Martendal
Diretor Espiritual
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